domingo, 14 de fevereiro de 2010

CASA DA IRMÃ LÚCIA NO BOM JESUS



CASA DA IRMÃ LÚCIA RECONVERTIDA PARA ACOLHER IDOSOS

A Casa da Quinta da Fonte Pedrinha, no Bom Jesus, mais conhecida por Casa da Irmã Lúcia, vai ser reconvertida para o atendimento e acolhimento de pessoas idosas, a ajuda interna e externa de pessoas doentes e para a prestação de assistência espiritual. O projecto, que já foi submetido à apreciação do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Braga, foi divulgado - dia 10 de Março - no Carmelo da Imaculada Conceição do Bom Jesus de Braga, numa cerimónia que serviu para apresentar a Associação Casa da Irmã Lúcia – Vidente de Fátima.
No acto estiveram presentes o Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, o Provincial dos Carmelitas, padre Pedro Ferreira, a Prioresa do Carmelo, Madre Maria da Paz de Cristo, o presidente da nova associação, Manuel de Sousa e cerca de 150 convidados.
Coube à Prioresa do Carmelo da Imaculada Conceição do Bom Jesus de Braga dar as boas vindas, explicando aos presentes que esta é uma parcela da Igreja contemplativa. «Somos uma comunidade que, para além da oração, também vivemos em pobreza, isto é, não temos rendimentos a não ser o fruto do nosso trabalho» e «a generosidade de vários benfeitores», disse. Segundo a Madre Maria da Paz de Cristo, foi desta forma que também viveu a Irmã Lúcia, cujo nome se pretende agora perpetuar no Bom Jesus e na Diocese de Braga.
E, sobre o futuro da casa que foi doada à Vidente de Fátima pela família Pestana de Vasconcelos, foi o presidente da nova associação quem revelou o destino social que vai ser implementado. Segundo Manuel de Sousa, o espaço vai ser reconvertido para acolher pessoas da Terceira Idade, cumprindo-se a vontade da Irmã Lúcia.
No seu discurso, o presidente contou que, depois da morte da Pastorinha, a Madre descobriu nos arquivos do Carmelo uma carta com a manifestação expressa da sua vontade acerca do destino e da utilização da casa. «Em resumo e traduzindo aqui por palavras minhas, escreveu a Irmã Lúcia: “que seja nela instalada actividade cujos objectivos sejam o bem fazer na prática religiosa, cristã, espiritual, social e material, ou qualquer outro fim enquadrável nestes valores e que respeite os princípios do local onde se situa, o Bom Jesus de Braga, bem como a ligação a esta Comunidade Carmelita”».
Assim explicou, foi criada a Associação Casa da Irmã Lúcia – Vidente de Fátima”, cujos sócios fundadores são maioritariamente religiosas carmelitas deste mosteiro, sendo um dos seus objectivos a reconversão do espaço físico da casa. As obras, salientou, vão custar cerca de um milhão de euros, esperando-se agora que, uma obra tão grande consiga mover ajudas de grandes beneméritos.
O Provincial dos Carmelitas considerou, por sua vez, que «as grandes obras precisam de uma grande mística» porque, só assim elas podem nascer, crescer e atingir os seus objectivos. Lembrando que a procura do destino a dar à casa levou alguns anos, o padre Pedro Ferreira disse que, agora, depois de se ter chegado a um consenso, «é preciso reunir forças e procurar a mística deste projecto ». «Se este projecto for bem acarinhado, como está sendo pela associação já criada, pelos apoios que vier a receber, tanto económicos, como, sobretudo, morais e laborais, acreditamos que estarão reunidas condições para prestar um serviço de grande qualidade às pessoas », acrescentou.
O Arcebispo de Braga, também presente na cerimónia, começou por dizer que vivemos hoje numa sociedade que sofre de uma crise de memória, que esquece acontecimentos da história e das pessoas. No entanto, salientou, o facto de ter sido criada a associação com um projecto que é Casa Irmã Lúcia isso é um reavivar da memória e uma forma de prestar homenagem à Vidente de Fátima. «Fico muito contente que o nome da Irmã Lúcia fique perpetuado nesta instituição, nesta casa e neste serviço a prestar à sociedade», disse D. Jorge Ortiga.
Por outro lado, o prelado elogiou o facto de se ter valorizado as palavras da Irmã Lúcia, «fugindo talvez a outros projectos, por ventura, mais rentáveis». «Hoje temos de cultivar o amor à palavra dada e a alegria de cumprir os desejos e as vontades daqueles que nos antecederam», sustentou.
Por fim, D. Jorge Ortiga salientou que o essencial, que dá força, coragem e faz com que as barreiras sejam ultrapassadas, é invisível aos olhos. Assim deve acontecer com esta obra, cuja base parte da oração da Ordem Carmelita.
Confessando já conhecer o projecto há alguns meses, o presidente da Câmara de Braga disse que não podia haver melhor escolha para a Casa da Irmã Lúcia do que a pôr ao serviço da Terceira Idade. Realçando que é necessário dinheiro para concretizar a obra, uma vez que a Segurança Social não dá tudo, Mesquita Machado convidou a sociedade bracarense a contribuir, nomeadamente daqueles «que podem dispor de alguns bens para servir a comunidade».
Texto extraido da "Agencia Eclaesia"

NOTA: isto já se passou há três anos. A ideia do projecto inicial foi reformulada para melhor. Estão a decorrer os estudos de pormenor e a submetê-los às autoridades competentes a fim de os aprovar e, assim, nos podermos candidatar a fundos destinados a estes serviços de solidariedade.

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